Campanha debate violência no Namoro na adolescência

Por: Alyne Kaiser - Agência Amapá
Será lançado na próxima segunda-feira, 19, o Projeto Namoro Sem Violência, que tem como objetivo sensibilizar e mobilizar os jovens a discutir o tema e propor práticas preventivas e de intervenção. O Lançamento acontecerá às 9h, no Palácio do Setentrião.
Na primeira ação, o projeto levará palestras educativas às escolas, dinâmicas em grupo para que seja dada voz aos jovens, vídeos de conscientização e sensibilização, respostas a questionários de pesquisas, concurso de redação, roda de conversa e a criação de um manifesto em vídeo com todos os jovens participantes, fazendo chamadas de combate à violência no namoro. Também será lançada a hashtag #NamoroViolentoNaoÉAmor.
O projeto foi desenvolvido pelas técnicas da Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres (SEPM) com embasamento teórico no estudo do livro “Namoro Sem Violência”, de Sheila Giardini Murta, após as profissionais do Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf) detectarem por meio de questionário de pesquisa e intervenção em algumas escolas da rede estadual que a violência está presente em algumas relações de namoro.
A implantação das ações nas escolas da rede estadual de ensino serão realizadas em parceria com as secretarias de Estado da Educação e da Juventude. As primeiras unidades contempladas serão as escolas Maria do Carmo Viana dos Anjos, Jacinta Carvalho e Lucimar Amoras Del Castillo.
“A violência no namoro é um problema que afeta um grande número de jovens e da qual pouco se fala. Quando a violência se instala nesta importante fase da vida, a adolescência, seus efeitos sobre o desenvolvimento e o bem-estar são devastadores. Por essa razão, o projeto foi criado para mostrar a importância de se sensibilizar esses jovens”, afirmou a secretária da SEPM, Aline Gurgel.
O projeto surgiu da necessidade de um novo olhar e uma nova perspectiva sobre as relações socioafetivas entre adolescentes e dar voz aos jovens que estão inseridos no contexto de violência, muitas vezes de forma imperceptível. “É alta a probabilidade de jovens à sua volta serem ou se tornarem agressores e agressoras ou vítimas de violência no namoro. Trata-se de um problema social relevante, ao qual não se tem dado suficiente atenção. É importante romper o muro de invisibilidade e silêncio, que se ergue em torno deste problema”, disse Aline Gurgel.
De acordo com estudos da técnica do Camuf Alessandra Coelho, na adolescência é preocupante o silêncio em torno dessas relações nocivas, onde a violência é utilizada como um meio de dominar e controlar a outra pessoa. “Divulgar fotos íntimas pela internet, monitorar o outro através de suas redes sociais, humilhar, ameaçar, espancar, isolar, empurrar, fazer sexo à força e destruir os pertences do parceiro são alguns exemplos de violência no namoro”, informou.
A intenção do governo é mostrar que jovens de ambos os sexos e diferentes classes sociais vivem isso frequentemente, seja por experiência própria ou indiretamente, ao testemunhar ou ouvir falar sobre a violência nas relações íntimas entre amigos, conhecidos ou familiares. A depressão, a baixa autoestima, a insegurança em novos relacionamentos, o abuso de álcool e a dificuldade em concentrar-se em tarefas acadêmicas são algumas das consequências comuns da violência no namoro.

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