A triste história real escondida nos personagens do Ursinho Pooh



Quando criança, mesmo que sem um olhar de fã, acompanhei vez por outra as aventuras de um ursinho amarelo que adorava potes de mel, conhecido como Pooh. Mas, nem de perto, podia imaginar quanta dor estava por trás da criação daquele personagem. Winnie-The-Pooh como foi batizado oficialmente foi uma criação do escritor inglês Alan Alexander Milne, baseado na relação com o seu filho Christopher Robin Milne e um punhado de bichos de pelúcias que por anos foram os único amigos do garoto.

AA Milne era um escrito já reconhecido, mas que estava enfrentando um bloqueio criativo movido pelos traumas que sofreu ao ser soldado na primeira guerra mundial. Romancista e autor de peças famosas em sua época, Milne tinha pouco tempo a dedicar para a criação do filho, que na primeira infância foi criado quase que exclusivamente pela baba.


Brinquedos de pelúcia originais do Winnie the Pooh - Biblioteca Pública de Nova Iorque

Laços afastados que foram se unindo, quando sem criatividade, o autor teve que procurar casas campestres para conseguir lutar contra seus traumas adquiridos na primeira grande guerra. E foi em meio a esse retiro que Milne criou laços mais forte com o filho Christopher Robin, um garoto com grande imaginação que tinha como amigos um urso, um burro, um leitão, um tigre e dois cangurus de pelúcia. Animais que seriam usados como expiração para os personagens do Ursinho Pooh.

O autor queria escrever um romance que mostrasse o quão ruim era a guerra e como era necessário que se organizasse formas para que uma 2ª guerra não ocorresse. Esse conto não veio, mas a inspiração lhe garantiu a criação de personagens que hoje são mundialmente famosos.

A criação deu certo, e as aventuras de Winnie-The-Pooh através de poemas infantis se tornaram febre nos anos 20 e 30. O que Garantiu grande fama ao pai e ao filho. Cenário que foi o bastante enriquecedor, mas ao mesmo tempo desolador para ambos. Principalmente para o garoto que perdeu a infância pacata e passou a ser venerado e odiado pelos fãs. O trauma foi tão grande que Christopher Robin já na idade adulta abriu mão dos direitos bilionários dos personagens.



O clima é tão pesado e intenso em torno dos personagens que um jornal especializado em psicanálise, o Canadian Medical Association, efetuou um estudo que mostra que todos os personagens são reflexos de transtornos mentais desenvolvidas pelo autor Milne e seu filho Christopher Robin.



Segundo o estudo o personagens principal, o "ursinho engraçadinho" tem todas as características de uma criança com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, a TDAH; "Bizonho" características de Transtorno depressivo persistente (depressão); "Guru" sintomas de autismo e dislexia; "Leitão" ansiedade nervosa; "Can" Transtorno de Ansiedade Social; "Abel" Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC e distúrbio de personalidade narcisista; "Tigrão" déficit de atenção e hiperatividade do tipo impulsivo e Cristóvão, único personagem humano da história com esquizofrenia;


Um pouco de cada transtorno desses deu base para a criação do roteiro da filme, Adeus Christopher Robin (Goodbye Christopher Robin), que conta a biografia de Alan Alexander Milne, envolvido na relação com filho e com sua principal criaçã o Ursinho Pooh.







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