Primeira Impressão #1 - Black Mirror - Sociedade do Espetáculo



Prefácio: "Primeira Impressão" é uma nova TAG no Blog do Calandrini, que busca escrever qual a primeira impressão sobre qualquer artigo da cultura, nunca vista por esse que vós escreve. Para começar, o produto analisado será a série Black Mirror, uma produção não tão nova, criada em 2011, mas que só agora ganhou certo destaque depois de ser integrada a lista de produtos da Netflix.

O artigo não busca fazer uma análise detalhada sobre a produção e seus conceitos, mas sim falar sobre o que pensei ao assistir o primeiro episódio da série.

Confesso que a TAG não poderia começar de uma forma melhor, já que a história de Black Mirror se baseia em uma sociedade utópica, uma distopia voltada para a exacerbação de traços característicos da nossa sociedade moderna e suas redes sociais. Um prato cheio para pessoas que pensam e discutem a comunicação, como jornalistas.

Sinopse:



A história se passar em um mundo imaginário, onde se vive bem, de acordo com seus status sociais. Uma vida baseada em notas que as pessoas atribuem ao seu modo de vida. Uma sociedade extrema, embasada no que já vivemos hoje, em que o importante é quantas curtidas se ganha por uma foto, vídeo ou encontro com outras pessoas.

Na série em questão o status é relacionado as estrelas que possam lhe ser atribuídas por qualquer atividade desenvolvida diariamente. Uma espécie de instagram do futuro, que demostra a popularidade que a pessoa tem, e como isso pode ser benéfico para a vida social almejada.

Essas atividades atribuem notas que elevam seus status entre uma barra numérica, que aparentemente varia em pontuações que vão de 0 a 5 pontos. Pontuação essa que aumenta ou diminuem de acordo com as notas que outras pessoas lhe dão. Um exemplo prático de instagram, onde pessoas bem avaliadas ou com certo status elevados, tem maior abrangência e influências sobre pessoas com poucas avaliações.

Em um exemplo prático e em uma comparação chula pode-se colocar dois instagrams em comparação. O primeiro, o do Blog do Calandrini, que tem uma influência local em um estado pequeno, em comparação ao segundo instagram, do Luciano Hulk, que tem uma abrangência nacional e com grande influências sobre as pessoas.

Para a sociedade de Black Mirror isso resultaria em notas, em que o Blog do Calandrini, estaria posicionado em meio a uma classe média, média, e sem muitos privilégios (não que isso esteja errado), e o Luciano Hulk entre pessoas da classe alta, com grandes privilégios ( não que isso também esteja errado).

A série busca apresentar esse debate, que não está longe da nossa sociedade atual. Onde pessoas com grande influência social tendem a ter muitos amigos e contatos que lhe possam trazer grandes facilidades, em detrimento das pessoas mais reservadas, que poucas facilidades encontram, no meio social.

Claro que a série resulta em uma grande elevação do nosso convívio social, mas não traz conceitos tão longes do real vivido hoje. 

O primeiro episódio parece ser uma crítica direta a nossa sociedade da imagem, em que as pessoas buscam cada vez mais, boas avaliações em atividades exposta por meio da rede social. Uma sociedade do espetáculo baseada apenas no que boas imagens podem lhe proporcionar no convívio social, mesmo que tudo não passe de uma superestrutura, para a esconder a verdadeira estrutura social.

OBS: Artigo baseado apenas no primeiro episódio. Sem que houvesse qualquer pré-conceito já estabelecido sobre a produção.

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