Hoje (23) rola mais uma sessão do Cinema Proibido na Unifap

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Faça um teste: sinta o aroma de um maracujá da estante do supermercado e depois compare com o cheiro de um maracujá orgânico. A diferença é tanta que parece até que o maracujá crescido à base de agrotóxico nem é de fato fruta. No documentário “Brasil Orgânico”, projeto inédito e pioneiro no Brasil da produtora de Florianópolis Contraponto, pessoas que produzem e têm na alimentação orgânica uma ideologia de vida fazem uma reflexão sobre consumo de alimentos e equilíbrio com a natureza.



Para produzir o documentário, a equipe viajou de Norte a Sul do país, orientando-se pelos biomas Pantanal, Amazônia, Pampa, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica em seis estados. “Cada região tem uma situação diferente. Na Amazônia a atividade que registramos é o extrativismo sustentável, do açaí e palmito”, conta Lícia Brancher. Segundo ela, o projeto existe há mais de cinco anos e as gravações foram realizadas entre setembro de 2011 e julho do ano passado.

Em 58 minutos, o filme mostra imagens comoventes das diferentes paisagens do Brasil, e também revela histórias de pessoas cuja produção orgânica é uma convicção de vida – desde a produção familiar até as grandes propriedades, da fruticultura até a pecuária no Mato Grosso do Sul. “O que une todos eles é a forma de produzir em equilíbrio com o meio ambiente”, destaca Lícia.

Com depoimentos que relacionam a produção orgânica à afetividade com a terra, “Brasil Orgânico” reflete sobre o que comemos, como desenvolvemos nossa produção alimentícia e as vantagens nutricionais e sociais da agricultura orgânica frente à convencional – no Brasil, a produção de orgânicos cresce 30% ao ano.


Preço mais alto

Nos gôndolas dos supermercados tradicionais os produtos orgânicos chegam a custar mais que o dobro dos produzidos convencionalmente. “É uma questão de escala – quando se produz mais, o preço é reduzido, mas o preço já vem caindo”, afirma Lícia Brancher. “Passa também por uma mudança de hábitos de consumo. O custo de produção não é mais alto, mas é uma lei de mercado.”

Segundo pesquisas da produtora, apenas 0,8% da agricultura nacional possui certificação de produto orgânico. É uma produção que vai além de alimentos livres de agrotóxicos, adubos de síntese química e transgênicos, mas tem como princípios a manutenção da biodiversidade, a sustentabilidade da vida no campo, a preservação ambiental e a valorização do trabalho.

“Essa convicção e ideologia se percebe nas conversas com as pessoas, tem amor no que elas fazem e falam”, afirma Lícia. “Percebemos a alegria no falar e oferecer os produtos. Quando se produz com veneno, o próprio produtor muitas vezes não come o que planta.”

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