Pesquisadores do Ciência Sem Fronteiras fazem treinamento de campo no Amapá

Fonte:
Dulcivânia Freitas – Assessoria de Comunicação da Embrapa Amapá 



Pesquisadores de um projeto integrado ao Programa Ciência Sem Fronteiras estão no Amapá orientando o trabalho de campo parasitológico para acadêmicos de pós-graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO), da Universidade Federal do Amapá. Os pesquisadores orientam, observam e trocam experiências com a equipe local em técnicas de coleta e análises de parasitos de peixes de água doce. 

O grupo visitante iniciou as atividades em Macapá na segunda-feira, 20, com uma palestra na Unifap, e termina a agenda de trabalho nesta sexta-feira, 24, na Embrapa Amapá. Durante três dias, eles atuaram em expedições de coleta de parasitos de peixes (carás e bagres) no rio Araguary, município de Ferreira Gomes (AP). Nesta sexta-feira, 24, dedicam-se a atividades de análises no Laboratório de Piscicultura da Embrapa Amapá. Por meio desse projeto, além do Amapá, a coleta e a análise de parasitos dos peixes é feita nos estados do Pará, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. 

O projeto tem como título “A taxonomia integrativa como ferramenta para o estudo da biodiversidade de parasitos de peixes de água doce do Brasil” com duração prevista de três anos, de 2013 a 2015. O objetivo geral é a capacitação e o treinamento de alunos de pós-graduação pertencentes a quatro programas de pós-graduação reconhecidos pela Capes, entre eles o Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) da Unifap, e com linhas de pesquisa relacionadas com a diversidade de parasitos de peixes no Brasil, visando aumentar sua produtividade e melhorar sua competitividade a nível internacional. “Os pesquisadores visitantes trouxeram novas técnicas de análises no campo parasitológico que são utilizadas na Europa e que ainda não são comuns no Brasil. Por exemplo, nós fazemos a coleta com solução a frio, enquanto eles fazem a quente. De agora em diante, vamos fazer esse procedimento das duas formas, para facilitar a visualização dos parasitos”, explica o pesquisador da Embrapa Amapá e integrante do projeto, Marcos Tavares Dias.

De acordo com o coordenador do projeto, pesquisador José Luís Fernando Luque Alejo, uma das principais atividades é o treinamento teórico e prático dos estudantes da pesquisa multidisciplinar sobre taxonomia, sistemática filogenética e biodiversidade de parasitos de peixes. 

Fazem parte do grupo visitante o pesquisador José Luís Fernando Luque Alejos, coordenador do curso de pós-graduação em Ciências Veterinárias da UFRRJ; o pesquisador Tomás Scholz, diretor do Instituto de Parasitologia da República Tcheca; o pesquisador Alain de Chambrier, do Museu de História Natural da Suíça; e dois orientandos de José Luque, o mestrando Philippe Vieira Alves e a doutoranda Vivian Suane de Freitas Vieira. 

O projeto financiado pelo Programa Ciência Sem Fronteiras, que por sua vez é gerenciado pela Capes/CNPq, viabilizou a participação do pesquisador doutor Tomás Scholz, atualmente um dos maiores especialistas em taxonomia integrativa de parasitos de peixes de água doce no mundo. A perspectiva é concentrar esforços de especialistas visando o aumento das pesquisas sobre taxonomia e biodiversidade parasitária e a formação de recursos humanos especializados no Brasil. No decorrer do projeto, o pesquisador participará de atividades de pesquisa e de ensino em quatro programas de pós-graduação no Brasil e em trabalhos de coleta em quatro regiões do país.

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