Patins, pente de mão e jogos de tabuleiro (LUTO)

Aperta o coração fechar os olhos e saber que nunca mais verá aquela pessoa viva, com todas as suas rabugices, brincadeiras e jeito de animar o ambiente. Por isso desde essa sexta-feira, 07, evito fechar os olhos, pois em todos os momentos só uma pessoas vem à mente. Joelson Ribeiro Barbosa, filho/primo/irmão/neto/pai querido que nos deixa de forma tão brusca.

Pela primeira vez sinto de perto a dor da perca de um ente muito querido.  E em meu semblante, falta algo, que não voltará, uma lacuna que aos poucos vai sendo consolidada a medida que 'internalizo' essa notícia, por ainda relutar em aceitar.

Nesses momentos também chegam lembranças de um passado distante ou não tão distante. Quando fecho os olhos, ainda o vejo chegando à casa de minha avó, para colocar os Patins e partir para mais um aventura noturna pelas ruas do Bairro do Jurunas, ou outras localidade, na época era muito pequeno e não lembro exatamente qual o trajeto que meu primo adorava fazer.

Ao fechar os olhos, lembro quando colocava mais de uma meia em cada pé, para então colocar os patins. Pegar um pente de bolso, para ajeitar o cabelo tipicamente crespo (uma herança familiar), em frente ao espelho e partindo para mais uma noite de aventuras. Eu como primo mais novo achava aquilo o máximo, poder sair por aí à noite.

Outra lembrança que me vem à cabeça, mais reluzente por ser mais atual, são as noites que passávamos na casa de meu primo deliciando jogos de tabuleiro. Ele me apresentou à jogatina. War/Detetive/Banco Imobiliário eram alguns títulos que não poderiam falta em sua prateleira, para as noites de jogos, quando ia passar minhas férias em Belém.

Momento em que mexíamos em seu taco de hóquei, pendurado com zelo em um dos quartos da casa. Ou que éramos repreendidos por tentar levar vantagem em um jogo. Todas são lembranças que deixarão Joelson ainda muito presentes no dia a dia das nossas reuniões em família.

Por essas e outras lembranças, que ainda não consigo acreditar na ligação, recebida nessa sexta, por volta das 19 horas. Um recado que me atingiu como uma flecha e me levou a lembrar em vários momentos vividos ao lado desse grande homem. Natais e viradas de ano passaram, férias de verão ficaram no passado, mas nunca desmitificaram cada lembrança que tenho de meu primo, irmão mais velho.

Descanse em Paz Primo Para Sempre Te Amaremos (#parasemprebarbosinha)