Cinco hospitais não têm unidade credenciada ao MEC
Cinco estados do país - Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins - não têm nenhum hospital de ensino credenciado pelo Ministério da Educação (MEC).
A Região Sudeste concentra 89 das 180 unidades - 45,4% do total - e quatro em cada dez estão em capitais. Hoje, há quase 220 cursos em atividade. Os números revelam a desproporção de espaços para formação prática de residentes e alunos, sob atenção do governo federal por causa da meta de expandir e interiorizar o ensino médico.
Além de bolsas a profissionais de saúde estrangeiros e graduados no Brasil para atuar nas periferias das grandes cidades e no interior, o programa Mais Médicos prevê a criação de 11.447 cadeiras em Medicina e 12 mil vagas em residência. O aumento da quantidade de graduandos na área acompanha a necessidade de mais locais para formação prática.
Na quarta-feira, 11, o MEC deve divulgar a relação de municípios escolhidos para receber novos cursos de Medicina em instituições privadas, resultado de um processo seletivo iniciado em outubro com o objetivo de interiorizar os cursos. A lista de cidades pré-cadastradas já mostra a dificuldade de levar mais formações médicas ao interior do país: de 42 municípios, 22 são do Sudeste. Somente duas cidades da Região Norte constam da relação.
Um dos pré-requisitos para a seleção do MEC envolve a análise da infraestrutura de saúde, como a presença de hospital de ensino ou unidade com potencial para esse uso, além de pelo menos cinco leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por aluno.
Sem nenhum hospital de ensino no Estado, os estudantes de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT) usam a estrutura de saúde dos sistemas estadual e municipal de Palmas para a formação prática.
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