Politec identifica ossada encontrada no porto da Anglo American
Fonte:
José Maria Silva/Secom
A ossada humana
encontrada no dia 2 deste mês, no porto da mineradora Anglo American, no
município de Santana, passou por diversos procedimentos de análises na Polícia
Técnico-Científica (Politec) para saber a identificação dos restos mortais.
No final da tarde desta
quinta-feira, 27, a equipe de peritos, composta por Pablo Frances, José Maria
Faro e Gilcelene Brito Costa, concluiu os trabalhos, esclarecendo que pertence
a Pedro Coelho Ribeiro, funcionário da Anglo.
De acordo com os
peritos, as condições em que a ossada foi encontrada dificultaram os trabalhos
fazendo com que a coleta de material genético fosse extraída por diversas
vezes.
"O serviço é muito
delicado, retiramos fragmentos do osso e processamos para iniciar o exame,
realizamos extração do DNA, e 'quantificamos' (verificar quantidade de DNA) e
fizemos análise genética utilizando kits especializados", disse o
diretor-presidente da Politec, Odair Monteiro.
A tentativa de
identificar a vítima fez os peritos investirem mais e agora, com a utilização
de um kit menos suscetível a presença de substância inibidora, puderam chegar a
conclusão e saber a quem pertencia o esqueleto. "Usamos todos os recursos
em busca do resultado e tivemos êxito", frisou Odair.
Segundo os peritos, pelo
menos sete tentativas para identificação foram feitas e todas sem resultado
positivo, levando em consideração a complexidade do caso. "Em função da
presença de substância que interfere no exame de DNA, os primeiros estudos não
apresentaram resultados passíveis de comparação", ressalta o perito Pablo.
Entenda o caso:
O acidente no porto da
mineradora ocorreu por volta de 0h30 de 28 de março deste ano, ocasião em que
seis operários afundaram junto com a estrutura metálica de embarque de minério
de ferro naquela empresa.
Três corpos já foram
encontrados e identificados. Porém, no dia 2 de junho, uma ossada foi vista em
meio aos escombros e removida à Politec.
Duas pessoas ainda estão
desaparecidas e as buscas não pararam desde a época da tragédia. A empresa
chegou a contratar mergulhadores e equipamentos especiais para reerguer os
destroços, bem como encontrar os funcionários.
O desmoronamento de
terras e de minérios ocorreu na parte do terreno onde se localiza o píer
flutuante utilizado na atracação de navios que embarcam minério de ferro.
Desde o momento do
acidente, o Governo do Estado montou uma equipe técnica para acompanhar a
rotina dos resgates das vítimas e informar à população passo a passo das
ocorrências. O Corpo de Bombeiros interditou a área atingida para que as buscas
dos desaparecidos fossem executadas de forma segura.
A empresa tomou todas as
providências necessárias para atendimento e apoio às famílias das vítimas, bem
como pagamento com despesas fúnebres.
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