Nem o do chibé

A coordenadora de Pesquisa e Estratégias Socioeconômicas e Fiscais (Copesef/Seplan)divulgou que no Amapá uma cesta básica custa cerca de R$ 1.100,00 (dados da pesquisados realizada janeiro de 2013), ou seja, só com dois meses de salário mínimo, que atualmente equivale a R$ 678,00, uma pessoa terá condições de comprar uma cesta básica, para atender uma família com dois filhos.

Concluindo, um pobre trabalhador mínimo, para ofertar uma alimentação básica a sua família tem que guardar o valor equivalente a dois meses de salário sem gastar com outras necessidades como água, energia e transporte, para que possa garantir uma boa alimentação. 

Fazendo um cálculo rápido para atender uma família com dois filhos são gastos: R$ 1.100,00 cesta básica; R$ 80,00 em uma conta de energia média; R$ 20,00 em taxa de consumo de água; R$ 110,00 com transporte público para as crianças chegarem a escola (pegando dois ônibus diários cada), R$ 220,00 para transporte dos pais para chegarem aos seus locais de trabalho (pegando dois ônibus diários cada). Ou seja, R$ 1530,00 em média mensalmente, sem contar com compras de roupas, material escolar e outros encargos.

Isso significa que com R$ 678,00 (R$ 1356,00 com os pais recebendo uma salário mínimo) dá mal para manter a farinha para fazer o chibé, iguaria dos interiores nortistas.

Na verdade sobra só o da água, pois outro encargo acaba aparecendo nesse período, pois o péssimo transporte público atinge o bolso do trabalhador, que ao chegar atrasado em seus locais de trabalhos tem descontos salariais mensais.

E ainda tem ministra reclamando das “péssimas” formas de pagamento do auxilio alimentação dos magistrados, após receber cerca R$ 84.000,00 em retrativo de vale alimentação. Que peninha to dela.