Saúde pública não consegue fornecer bons tratamentos de câncer
Além
das feridas psicológicas e físicas sofridas pelos portadores de câncer, os
enfermos também têm de lutar contra um inimigo social, a falta de
infraestrutura do Estado, que em todas as esferas executivas tem dificuldades
em fornecer um atendimento necessário, que possa trazer resultados positivos,
em relação a essa batalha, que atualmente atinge cerca de 800 indivíduos no
Amapá.
Só
em 2012 já foram diagnosticados 150 novos casos da doença, que atingi
principalmente as mulheres que em termos percentuais são referentes a 70% dos
casos existentes.
As
dificuldades de tratamento são tantas, que as pessoas com um maior poder
aquisitivo vão buscar atendimento em outros estados, buscando melhores
tratamentos, porém essa escolha não pode ser tomada por todos, e as pessoas que
não tem condições de realizar tal procedimento ficam a mercê dos programas
Governamentais, como o Programa de Tratamento Fora do Domicílio (PTFD), que por
dificuldades financeiras não consegue oferecer as mesmas oportunidades a todos
os cadastrados.
Por
conta dessa falta de assistências os portadores da doença, assim como seus
familiares acabam buscando apoio nas entidades filantrópicas, que vem se
desenvolvendo rapidamente através de apoios empresariais e buscam oferecer um
acalento a essas famílias que aos poucos vão sendo desestruturadas.
E
mesmo que de forma pequena essas entidades têm como principal foco ajudar
psicologicamente, fisicamente e financeiramente, se for caso, as pessoas que
travam diariamente essa batalha.
Esse
é o intuito do Instituto do Câncer Joel Magalhães (Ijoma), que na manhã de
ontem, 02, após muitas batalhas conseguiu inaugurar seu prédio próprio, para
oferecer seus atendimentos com um pouco mais comodidade as pessoas que procuram
a sua ajuda. “As dificuldades foram muitas para elevar esse alicerce que nos
dará mais oportunidade e armas para ajudar os portadores da doença, mas
aguardamos que esse passo seja só primeiro na melhora de infraestrutura,
principalmente nos hospitais públicos, que atualmente não conta com um
tratamento básico, que é a radioterapia” contou Padre Paulo Martins, Diretor do
Instituto.
Padre
Paulo ainda ressaltou que sabe que as ações do Instituto são mínimas em termos
quantitativos, mas que em termos assistenciais são muito importantes. “Como
ressaltei esse é apenas o inicio dessa batalha, que ao poucos ganhando mais
alicerces nessa luta, e esperamos que os poderes executivos, possam está
contribuindo não para a manutenção do Instituto, mas também com as realizações
de melhorias no sistema oncológico de saúde no Amapá, pois só com esses novos
passos é que poderemos afirmar que temos como ajudar qualquer pessoa
independentemente do tipo de câncer diagnosticado” concluiu o Diretor do Ijoma.
Homenagem
Joel Magalhães era um jovem portador de CA no
mediastino, uma das três cavidades em que está dividida a cavidade torácica.
Quando sentiu os primeiros sintomas, começa em vão, sozinho a buscar
tratamento, mais foi na igreja que encontrou apoio. Padre Paulo sensibilizado
pela situação do jovem, passou a acompanhá-lo, e após meses lutando contra o
câncer, veio a falecer no dia 13 de dezembro de 2001, sem oportunidade ao menos
iniciar um tratamento. “O Projeto leva seu nome pela história e exemplo de amor
à vida. É a nossa homenagem ao menino fraco e indefeso, o rosto de todos os
amapaenses que já enfrentaram ou enfrentam essa luta”, explicou Padre Paulo.
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