Corte nos salários pode levar professores à greve novamente
Anderson
Calandrini
Na manhã de ontem, 30, os professores da rede
estadual de ensino voltaram a realizar protestos na Praça das Bandeira e
anunciaram que os cortes que ocorreram nos contracheques da categoria podem levar
a um retorno à greve da classe.
Os professores se queixam que os descontos
referentes ao mês de junho repetiram-seem julho, mês em que a greve já estava suspensa
e, portanto, os professores deveriam receber os seus pagamentos normalmente.
“Mesmo após a suspensão da greve no
final de junho, os professores ainda tiveram descontos nos vencimentos em julho.
Queremos saber o motivo da Secretaria Estadual de Educação (Seed) ter realizado
esses descontos”,protesta Maria Luiza, diretora do Sindicato dos Servidores
Públicos em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap), integrante da mesa de
negociações do sindicato com o Governo do Estado.
A manifestação de ontem, denominada de “Ato em favor
do Piso e em Defesa do Estado Democrático”, também se voltou contra o Tribunal
de Justiça do Amapá (Tjap),que ainda não marcou as audiências de duas ações
jurídicas movidas pelo Sinsepeap contra o Governo.
Os cortes promovidos pela Seedaumentam à
probabilidade de retorno à greve dos professores. “Mesmo depois de suspendermos
o movimento grevista, nós ainda tivemos nossos vencimentos cortados e não
recebemos nenhuma chamada do Executivo Estadual para a retomada das negociações,
fato que nos leva a indagar que tipo de palavra é essa dada pelo Governo, que
não se cumpri”, questiona Maria Luiza, referindo-se à condição, imposta pelo
Governo, de só retomar as negociações com a categoria caso a greve fosse
suspensa.
A decisão sobre a retomada das greves
deve sair no primeiro final de semana de agosto, quando a categoria irá
realizar uma assembleia geral para votar a retomada do movimento.
De acordo com calendário da Seed, as
aulas do segundo semestre irão recomeçar no dia 1º de agosto, quarta-feira. O
Sinsepeap informa que os três primeiros dias de aulas estão garantidos. O
restante dependerá de como serão encaminhadas as negociações com o Governo.
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