“Ano letivo de 2012 pode não terminar antes de junho de 2013” afirma diretoria do Sinsepeap.
Anderson Calandrini
Há cerca de seis dias
do retorno as aulas, os professores voltam a demonstrar que o movimento de
greve não terminou, e que a paralisação pode ser instaurada novamente no início
de agosto.
Essa realidade foi
exposta a sociedade amapaense na manhã de ontem (26) momento em que o Sindicato
dos Servidores Públicos em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap) realizou uma
passeata pelas ruas da Capital, com o intuito de mostrar que o estado de greve
ainda não está finalizado.
“Nossa passeata tem um
único objetivo, mostrar que podemos retomar a greve nesse início de agosto,
pois mesmo após a suspensão da mesma, no final de junho, o Governo do Estado do
Amapá (GEA) e a Secretaria Estadual de Educação (Seed) não entraram em
negociação como afirmaram que fariam” contou Maria Luiza, diretora do Sinsepeap
e integrante da mesa de negociação com o GEA.
De acordo com a
categoria mais uma vez o Governo deixou de cumprir com a sua palavra, pois
afirmou que só entraria em negociação mediante a suspensão do movimento
grevista. “Mas como em julho, muitos servidores da Seed, do Tjap e do próprio
GEA, que estavam na mesa de negociação dialogando com o Sindicato, tiraram suas
férias, a mesa foi paralisada e agora só resta ao Sinsepeap entrar mais uma vez
em assembleia para decidir se a greve será novamente instalada” explicou
Cristiane Barbosa, do Comando de Greve.
Segundo a Diretoria do
Sindicato a assembleia geral poderá acontecer no último final de semana de
julho ou no primeiro de agosto, momento em que serão votados encaminhamentos
que deverão guiar os professores para o retorno ao ano letivo ou a implantação
do movimento grevista.
Retorno
Comprometido
Caso a categoria opte por
retomar a greve, o ano letivo poderá ser comprometido duas vezes, pois mais uma
vez as negociações iniciarão sem prazos de finalização, fato que pode estender
o ano letivo para depois de abril, que é o mês de negociação e reajuste da
infração através da data base do funcionalismo público, momento em que mais uma
vez os servidores estarão nas ruas fazendo seus pedidos de reajuste.
“Se retomarmos o estado
de greve, o Governo terá que negociar duas vezes com a categoria antes do
término do ano letivo 2012, pois se ele não está conseguindo nem atender o
nosso pedido, com certeza em abril, quando cobraremos a data base teremos novo
embate, fato que pode paralisar as aulas novamente e atrasar ainda mais o
término do calendário escolar” explicou Cristiane.
Ações
Judiciais
Antes da suspensão da
greve no dia 28 de junho, a categoria impetrou duas peças judiciais para tentar
legalizar novamente o movimento, porém por conta das férias os atendimentos no
Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) foram reduzidos e a categoria continua
aguardando o julgamento da ação.
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