Coletivo amapaense realiza oficina de grafitagem. Participantes vão mostrar resultado das técnicas aprendidas no muro do espaço CAOS – Arte e Cultura

Foto: Arquivo Coletivo Sem ID

No dia 25 de maio de 2011, a presidente Dilma Rousseff assinou a Lei nº 12.408, que descriminaliza o grafite, porém, antes mesmo deste ato, expoentes dessa arte urbana, tachada de marginal, já vinham conquistando o direito de reinventar os espaços com seus sprays multicoloridos e ideias libertadoras. No Brasil, a efervescência ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro, com a arte de rua entrando em famosas galerias e a criação do 1º Museu Aberto de Arte urbana do Brasil (Maau/SP).

Em Macapá, ainda que mais timidamente, os movimentos ganham cada vez mais adeptos e fôlego. Entre tantos grupos, surge o Coletivo Sem ID (abreviação de sem identidade) com a proposta de oferecer uma oficina de grafitagem, cujaprova final para os participantes será a transformação de um muro com 30 metros de comprimento, em tela. Qual a temática deste trabalho? A imaginação é um campo fértil, livre e criativo.

O Coletivo Sem ID surgiu há menos de quatro meses, mas seus integrantes: Gafa, Nylkartlifing, Ramones, Miqueias (Kash) e Marconi, atuam faz tempo no segmento e em tudo que envolve veia artística arte-visual, o coletivo é um suporte para formalizar essa arte e integrar artistas, que juntos, somam diferentes técnicas.E são nas diferentes técnicas que o curso básico de grafitagem será focado.

“A ideia é livre, é tu, o muro e a tinta”, resume Nyl kartlifing. Para ele, a grafitagem no Amapá ainda é vista com restrições. “Não temos incentivo à produção. A grafitagem só é vista como recurso de apoio social quando é para desenvolver uma atividade com jovens em situação de risco, ai se desenvolve um projeto para inserir esse jovem com as artes, mas as produções autônomas e a fomentação da cadeia não são incentivadas, e a nossa proposta é de justamente a sociedade e os poderes públicos abrirem a mente para esta arte e perceberem que a interação com o espaço é fantástica, muda o visual da cidade, que fica mais viva”.

A grafitagem está muito além do que se convencionou de pichação, alguns paineis ganharam cor pelas mãos do Coletivo ID, e podem ser vistos nos muros de escolas estaduais da capital, onde os integrantes desenvolvem um projeto junto com a instituição, envolvendo os alunos.

Então, se você tem inclinação para a grafitagem, busca se aperfeiçoar e de sobra quer deixar sua marca registrada para atrair olhares, ainda há tempo. Estão disponíveis 15 vagas, com taxa de inscrição no valor de 40 reais, no Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS), localizado no Teatro das Bacabeiras. A oficina acontece nos dias 22 e 23 de fevereiro e o muro do Espaço

CAOS – Arte e Cultura é que servirá de tela para os alunos demonstrarem todo seu potencial artístico. O Caos fica na Av. Procópio Rola, 1572, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes.

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