Há 178 anos, acontecia a revolta da Cabanagem
Fontes:
http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2013-07-02/h%C3%A1-178-anos-acontecia-revolta-da-cabanagem
http://www.brasilescola.com/historiab/cabanagem.htm
http://www.brasilescola.com/historiab/cabanagem.htm
Esse nome foi escolhido
porque grande parte dos revoltosos era de pessoas pobres, índios e mestiços que
moravam em cabanas na beira dos rios do Pará e da Amazônia. Estas pessoas eram
chamadas de cabanos. Considerada a revolta social mais sangrenta já ocorrida no
Brasil, a Cabanagem tinha o objetivo principal de conquistar a independência da
província do Grão-Pará.
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Cabanagem:
A questão da autonomia
política foi, desde a independência, a grande força motriz motivadora de
diversos conflitos e revoltas no Brasil. Na província do Pará, a péssima
condição de vida das camadas mais baixas da população e a insatisfação das
elites locais representavam a crise de legitimidade sofrida pelos
representantes locais do poder imperial. Além disso, a relação conflituosa
entre os paraenses e os comerciantes portugueses acentuava outro aspecto da
tensão socioeconômica da região.
A abdicação de Dom Pedro
I e ascensão do governo regencial estabeleceram a deflagração de um movimento
iniciado em 1832. Naquele ano, um grupo armado impediu a posse do governador
nomeado pela regência e exigia a expulsão dos comerciantes portugueses da
província. No ano seguinte, Bernardo Lobo de Sousa, novo governador nomeado,
administrou o Pará de maneira opressiva e autoritária. Desta maneira, abriam-se
tensões e a possibilidade de uma nova revolta provincial.
Em 1835, um motim
organizado pelo fazendeiro Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre prendeu e
executou o governador Bernardo Lobo de Sousa. Os rebelados, também chamados de
cabanos, instalaram um novo governo controlado por Malcher. Francisco Vinagre,
líder das tropas do novo governo, se desentendeu com o novo governador. Aproveitando
de seu controle sobre as forças militares, tentou tomar o governo, mas foi
preso pelo governador. Em resposta, Antônio Vinagre, irmão de Francisco,
assassinou Félix Clemente Malcher e colocou Francisco Vinagre na liderança do
novo governo.
Nessa nova etapa,
Eduardo Angelim, líder popular, ascendia entre os revoltosos. A saída das
elites do movimento causou o enfraquecimento da revolta. Tentando aproveitar
desta situação, as autoridades imperiais enviaram o almirante britânico John
Taylor, que retomou o controle sobre Belém, capital da província. No entanto, a
ampla adesão popular do movimento não se submeteu à vitória imperial. Um
exército de 3 mil homens liderados por Angelim retomou a capital e proclamou um
governo republicano independente.
O governo, agora
controlado por Angelim, abria possibilidades para a resolução dos problemas
sociais e econômicos que afligiam as camadas populares. No entanto, a falta de
apoio político de outras províncias e a carestia de recursos prejudicou a
estabilidade da república popular. Sucessivas investidas militares imperiais
foram enfraquecendo o movimento cabano. Em 1836, Eduardo Angelim foi capturado
pelas autoridades do governo imperial.
Entre 1837 e 1840, os
conflitos no interior foram controlados. Diversas batalhas fizeram com que este
movimento ficasse marcado por sua violência. Estima-se que mais de 30 mil
pessoas foram mortas. Dessa maneira, a Cabanagem encerrou a única revolta
regencial onde os populares conseguiram, mesmo que por um breve período,
sustentar um movimento de oposição ao governo.
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