20 ANOS DA CHACINA DA CANDELÁRIA


Paulo Roberto de Oliveira (11 anos); Anderson de Oliveira Pereira (13 anos); Marcelo Cândido de Jesus (14 anos); Valdevino Miguel de Almeida (14 anos); "Gambazinho" (17 anos); Leandro Santos da Conceição (17 anos); Paulo José da Silva (18 anos); Marcos Antônio Alves da Silva (19 anos).

Essa relação pode ser relacionada há uma lista de vestibular, ou uma escalação de um time futebol, porém essa é a relação de pessoas que morreram quando um grupo de policiais militares fez uma investida surpresa em frente a Igreja da Candelária no dia 23 de julho de 1993.

A Chacina da Candelária, como ficou conhecido o caso, marcou o anos 90 no Brasil por conta da atrocidade cometida por um grupo policias, que em forma de extermínio abriram fogo contra cerca de 70 crianças de ruas que usavam o local para pernoite.

O caso inspirou vários diretores de cinema, que já citaram inúmeras vezes em documentários sobre o fato, porém mesmo com essa exposição a injustiça continua até hoje, pois alguns dos policiais, mesmo recebendo penas judiciais altas, que podem chegar a 300 anos, continuam a solta e respondendo pela atrocidade cometida em regime aberto.


Investigação (*Wikipédia):



A investigação pelos culpados levou até Wagner dos Santos, um dos adolescentes feridos na chacina. Santos sofreria um segundo atentado em 12 de setembro de 1994 na Estação Central do Brasil, o que lhe colocou no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas. Seu testemunho foi fundamental no reconhecimento dos envolvidos. Inicialmente foram indiciadas quatro pessoas pela chacina: o ex-Policial Militar Marcus Vinícios Emmanuel, os Policiais Militares Cláudio dos Santos e Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França. 


Três condenados gozam de liberdade atualmente:

Marcus Vinicius Borges Emmanuel, ex-Policial Militar – foi condenado a 309 anos de prisão em primeira instância. Recorreu a sentença e, num segundo julgamento, foi condenado a 89 anos. Insatisfeito com o resultado, o Ministério Público pediu um novo julgamento e, em fevereiro de 2003, Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão.No entanto, o assassino foi liberado da prisão em 29 de junho 2012.

Nélson Oliveira dos Santos – foi condenado a 243 anos de prisão pelas mortes da chacina e a 18 anos por tentativa de assassinato de Santos. Recorreu a sentença, sendo absolvido pelas mortes em um segundo julgamento, mesmo após ter confessado o crime. O Ministério Público recorreu e, no ano de 2000, Nélson foi condenando a 27 anos de prisão pelas mortes e foi mantida a condenação por tentativa de assassinato, somando uma pena de 45 anos. Nélson Oliveira dos Santos Cunha também já está solto. Atualmente ele está em liberdade condicional por outros crimes, segundo o Tribunal de Justiça do Rio.

Marcos Aurélio Dias Alcântara – foi condenado a 204 anos de prisão, além de matar participar da chacina também foi acusado de estuprar um adolescente. No final de 2010, contudo, conseguiu o indulto e também foi liberado da prisão.


Homenagem:



Há em frente à igreja um pequeno monumento que relembra à chacina. Ele é constituído por uma cruz de madeira, que tem inscrito os nomes dos jovens assassinados, e uma placa de concreto. Esta mesma sofreu aparentemente ações de vandalismo, pois está bastante danificada, desmembrada do seu suporte e com sua epígrafe ilegível.

Fonte:

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