Polícia Civil visita local do desmoronamento em mineradora e inicia investigação

Foto Janderson Cantanhede

A Polícia Civil esteve nesta terça-feira, 2, na mineradora Anglo Ferrous, visitando o local da tragédia ocorrida semana passada e que vitimou alguns operários. Um inquérito foi aberto para apurar responsabilidades e descobrir possíveis causas e culpados.

O delegado José Neto conversou com alguns diretores e com o assessor jurídico da empresa e, na ocasião, solicitou cópia da filmagem, relação de nomes das pessoas desaparecidas e demais equipamentos que afundaram por ocasião do desmoronamento de toneladas de minério e parte da estrutura metálica.

"Nossa intenção é verificar pessoalmente o problema e tentar identificar o mais rápido possível o que provocou tamanha destruição, juntamente com os órgãos que trabalham no local, formado por especialistas da Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros, órgãos ambientais, Polícia-Técnico Científica e Polícia Civil. Cada uma destas entidades tem missões específicas", ressaltou José Neto.

A direção da empresa adiantou à polícia que a área de operações de embarque e desembarque de minério é monitorado por um circuito interno de filmagem, e que no momento em que a estrutura metálica foi atingida os cabos se romperam e as câmeras registraram apenas o início do desabamento.

A equipe da Polícia Civil se encontrou com um grupo de militares da Capitania dos Portos, responsável pela coleta de dados para a investigação. O comandante Edilson Castro disse que a Marinha é responsável apenas pela investigação sobre a permanência da embarcação de bandeira estrangeira que estava no píer.

"Um laudo será expedido para casos de indenização das pessoas que tiveram suas embarcações destruídas por ocasião da força da maré. Já no caso das mortes, cabe exclusivamente a Polícia Civil, devido que às vítimas, no momento do acidente, estavam em terra", esclareceu.

Por: José Maria Silva - Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC)