Governo Federal afirma que greve dos professores federais chegou ao fim


Porém docentes afirmam que nenhuma negociação foi fechada e que a greve continua

            Anderson Calandrini

Na última sexta-feira, 03, o Governo Federal entrou em negociação com os professores das universidades federais, passando uma contraproposta, que prevê um reajuste de 25% a 45% nos salários dos servidores até 2015. Proposta essa que foi aceita pelos Sindicatos dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representam 5% dos docentes de todo o Brasil.

Fato que levou o Governo a anunciar que com a assinatura desse acordo as aulas voltarão ao normal depois do dia 10, momento em que o documento de acordo será assinado.

Porém segundo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que rejeitou a oferta, esse reajuste em temos gerais pode significar um aumento de menos de 5% ao ano, valor que não superar nem a infração.

“Ou seja, um valor totalmente defasado e que não discuti o principal ponto de pauta, que é a restruturação da carreira dos docentes federais, com a discriminação dos valores percentuais de reajuste para cada fase da carreira do servidor, que hoje está baseada em 17 fases” explicou Arley Costa, diretor do Sindicato dos Docentes da Unifap.

Em relação ao acordo afirmado entre o Governo Federal e a Proifes, o Andes-SN afirmou que nada mudará nas ideias dos 95% dos docentes que não aceitaram tal proposta, e que diferente do que o Governo está afirmando a categoria continuará com o movimento grevista até que uma proposta convincente seja feita em relação à reestruturação da carreira.

"O Proifes representa apenas 5% da nossa base nacional. Até segunda-feira, 27 universidades já tinham decidido continuar em greve, sendo três delas da base do Proifes. Apenas duas optaram pelo fim do movimento", disse Arley Costa, presidente da Associação dos Professores da Unifap. "O governo quis criar um impasse, mas nessa queda-de-braço, ainda será obrigado a nos receber e continuar negociando” concluiu.


            Sinstaufap

            Os técnicos administrativos das Instituições federais também estão em estado de greve, e não aceitaram a contraproposta realizada pelo Governo Federal no dia 03, que sinaliza para um reajuste de 15,8% no decorre dos próximos três anos, e afirmam que o movimento continua até que o Governo reveja seus argumentos, e refaça a sua proposta.

           
            Segundo os técnicos esse reajuste em três anos não supera nem os 5,6% inflacionário que atinge o salário todos os anos, fato que os leva a recusar a proposta e pedir por outra movimentação do Governo, já que esse aumento em termos gerais não superar o reajuste concedido a cada ano aos servidores.

Além do aumento salarial os servidores pedem pela realização de um concurso público, para o complemento das vagas nas universidades federais. “O aumento salarial é apenas parte da nossa luta, pois atualmente as universidades estão se expandindo fisicamente e quantitativamente, mas o número de funcionários continua o mesmo, fato que impede os técnicos de fornecerem um melhor atendimento aos alunos” contou Lidiane Rodrigues, coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Unifap (Sinstaufap).

A categoria afirma que o crescimento das universidades federais não está sendo acompanhado pelo corpo técnico, que é extremamente inferior ao necessário para a manutenção dos serviços em suas excelências.

           
            Servidores

Ambas as categorias estarão realizando assembleia para deliberar sobre as contrapropostas realizadas pelo Governo Federal e devem manifestar suas opiniões até o final de semana.

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