Leitos viram moeda de troca no hospital de emergências


Em mais um dia de reportagem, fui parar dentro do Hospital de Emergências, tudo devido a uma denúncia ao jornal, que dizia que o pronto socorro não estava mais recebendo enfermos por falta de espaço. Isso não me surpreendeu muito, pois devido os setores da saúde pública estarem em um verdadeiro caos, esse fato estava previsto.

E após conversar com as pessoas que estão internadas recebi várias reclamações, a primeira foi em relação à falta de leitos, o que estava fazendo com muitas pessoas ficassem deitadas nos bancos dos corredores e no próprio chão, recebendo seus tratamentos; em segundo o fato das salas de Raios-X e Hemogramas estarem paradas, o que impede com que muitas pessoas façam exames pedidos pelos médicos; porém nada me surpreendeu mais do que saber, que algumas pessoas só conseguem leitos após pagamentos aos técnicos ou enfermeiros. Onde fomos parar, algo que deveria ser público está sendo vendido na maior cara de pau.

“Meu irmão deu entrada no pronto socorro no sábado, e só conseguiu um leito após eu ter pago, a um enfermeiro R$ 20,00”, esse foi o relato de um acompanhante dentro do Hospital.

Mas para não falar que tudo ta errado, ao conversar com as pessoas elas afirmaram que os médicos fazem o que podem, para ajudar a todos, mesmo com o baixo aparato logístico que dispõem.

Se quiser saber mais sobre o assunto, é só acompanhar o Jornal do Dia desse sábado.

Matéria de Anderson Calandrini


Desde o início da semana, o Jornal do Dia vem recebendo uma série de denúncias sobre a falta de leitos no Hospital de Emergência, e que segundo denunciantes, o local não está mais recebendo pacientes que necessitem de internação, tudo isso graças à super lotação daquela casa de saúde. “Ta tão difícil conseguir leitos que algumas pessoas só conseguem após pagarem. Isso foi o que aconteceu com meu irmão, ele deu entrada aqui no hospital no sábado e só conseguiu um leito após eu pagar R$20,00” explicou acompanhante que não quis se identificar.

A reportagem não conseguiu resposta para a pauta principal, que resumia a não entrada de novos enfermos, mas em trinta minutos recebeu várias denúncias e confirmou todas. Dentre as denúncias apontava a carência do Raio-X que não estava funcionando, e a sala de hemograma. “Trouxe minha mãe para fazer uma consulta, e após o procedimento o medico passou alguns exames dentre eles, um Raios-X, porém o mesmo não está funcionando, e a sala para os demais exames também não está funcionando e segundo os enfermeiros isso ocorre porque os aparelhos estão todos em manutenção” explicou Irinete Farias que levou a mãe para fazer exames e não teve êxito por conta do mal funcionamento do HE.

Existem inúmeros outros casos, os principais foram narrados por um senhor que não quis revelar o nome, mas se encontra no local a mais de um mês. Ele foi o nosso guia no hospital, e nos mostrou as filas que estão aguardando o hemograma e o raio-x. Além de revelar um local chamado “inferninho”, lugar que ganhou o apelido por conta do aglomerado de pacientes no corredor e do calor que sufoco o ambiente.

Sem contar que a reportagem do JD teve acesso aos pacientes que se encontram em casos mais graves. A situação é tão extrema, que existem relatos de caridade, no qual pacientes em leitos doam seu espaço para aqueles com situação mais grave. “Teve paciente que se mobilizou e doou seu leito após perceber que o seu vizinho de enfermaria está em estado mais grave.

Tratamento - Segundo os depoimentos, os médicos estão fazendo seu trabalho, porém a falta de infraestrutura do local acaba dificultando o serviço dos profissionais, que fazem o que podem para atender o máximo de pacientes. Com o pouco aparato logístico que dispõem, claro que existem médicos que são defendidos pelos enfermos e outros que são altamente criticados.

Absurdo – Com fácil acesso as dependências do H.E, a reportagem foi informada que não existe mais leitos e espaço para internar os enfermos. Os doentes são atendidos nos corredores daquela casa de saúde. Crianças, jovens e idosos disputam os espaços já ocupados. Os acompanhantes dormem no chão do hospital, enquanto que os ventiladores são enfileirados lado a lado com as macas. “Não conseguimos entender tanta coisa ruim acontecendo aqui, isto aqui é um inferno, não estamos mais agüentando tanta desrespeito, é lastimável”, conta uma mãe que chora ao ver o filho atendido no corredor.

Sem resposta - A reportagem procurou a direção, mas sem sucesso. A segurança do local ainda não foi instalada, nem sequer vigilantes foram contratados.

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